Morre Lorna Washington aos 61 anos: ícone do transformismo no Brasil

Morreu na madrugada desta segunda-feira (30) a transformista Lorna Washington, grande ícone da cena LGBTQIA+ carioca desde os anos de 1980, quando começou a se apresentar nos palcos. Conhecida por seus inúmeros personagens na montação, Lorna recebeu a alcunha de ” Fernanda Montenegro do mundo drag”. A informação de sua morte foi confirmada por Rene Júnior, vice-presidente do Grupo Pela Vidda, mas a causa da morte não foi divulgada.

Celso Paulino Maciel tinha 61 anos e era conhecido pelas opiniões polêmicas e pela militância, fazendo carreira em algumas das principais boates do Rio de Janeiro como Papagaio, Incontrus e Le Boy: “Lorna Washington não foi apenas uma transformista. Lorna foi uma estrela que nos iluminou por um breve momento e que, se dependesse de nós, continuaria a brilhar eternamente”, destacou Rene Júnior em suas redes.

A transformista foi também uma grande ativista na luta pelos direitos das pessoas que vivem com HIV: “Lorna esteve no início do Grupo Pela Vidda, no Jardim Botânico. Ela ia no Hospital Gaffrée e Guinle no início da epidemia da Aids para visitar os doentes, alegrar suas vidas e dar um pouco de conforto naquela situação triste do início da epidemia, quando não havia medicação e o tratamento era apenas para pessoas em fase terminal”, conta Rene.

Em abril deste ano, Lorna havia sido internada para tratar uma insuficiência renal. Recuperada, recebeu homenagem em junho recebeu homenagem na Feira da Diversidade, evento da Parada do Orgulho do Rio de Janeiro. Seu trabalho de conscientização fez com que Lorna fosse homenageada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e a trajetória da artista é destaque, também, no filme “Lorna Washington – Sobrevivendo a supostas perdas”, de Leonardo Menezes e Rian Córdova.

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