Governo de Singapura pune revista Vogue por promover famílias “não tradicionais”
Lançada há dois anos e somando mais de 70 mil seguidores no Instagram, a revista Vogue Singapura foi punida por promover famílias LGBTQIA+. Autoridades locais limitaram a permissão de publicação da revista de moda após publicações com imagens de nudez e por promover famílias “não tradicionais”.
O Ministério da Comunicação e Informação da Cidade-Estado anunciou, na última sexta-feira (14/10), que lançou uma advertência para a revista e “revogou” sua permissão de publicação de um ano. Após a medida, a Vogue solicitou uma nova autorização, que lhe foi concedida por apenas seis meses, acrescentou o ministério. A regulamentação também proíbe a publicação de imagens de nudez, incluindo “representações de modelos seminus, cujos seios e/ou órgãos genitais apareçam cobertos por mãos, materiais, ou objetos”.
Segundo alega o ministério, a Vogue “infringiu quatro vezes, nos últimos dois anos, as diretrizes relativas ao conteúdo das revistas de moda locais, por (publicar imagens de) nudez e fazer a promoção de famílias não tradicionais.” Nos últimos meses, a revista publicou artigos sobre questões LGBTQIA+, artigos sobre “positividade corporal” com fotografias de mulheres seminuas, e entrevistas com ativistas locais proeminentes.
Em agosto, o governo de Singapura descriminou o sexo entre homens, punido com dois anos de prisão. Apesar disso, o primeiro ministro de Lee Hsien Loong afirmou na época que iria defender a “instituição do casamento”, que segundo a lei do país só é valido e reconhecido entre homem e mulher.