Guilherme de Pádua ficava nu e era complexado por ter pênis pequeno, lembra criadora dos Leopardos

Morto neste domingo (06/11), vítima de um infarto aos 53 anos, Guilherme de Pádua negou, sempre que pôde, o seu passado como stripper. Apesar disso, Eloína dos Leopardos, atriz trans consagrada pelo “Noite dos Leopardos” nas décadas de 1980 e 1990, lembra bem da rápida passagem de Pádua por seu famoso show erótico, que esquentou a noite LGBTQIA+ carioca por mais de uma década, com seus rapazes que apareciam totalmente nus no palco.

Assassino confesso de Daniella Perez, que voltou ao noticiário recentemente com o lançamento da série documental “Pacto Brutal“, Pádua teve uma breve participação no espetáculo, segundo afirmou Eloína ao Folha de S. Paulo. De acordo com ela, foram duas semanas de contrato, resultando em apenas quatro subidas ao palco, já que os shows aconteciam aos sábados e domingos. “Eu o pus no espetáculo a pedido de um amigo em comum, Carlos Wilson Damião, que na época era diretor na Globo. Mas foi por um período curto, porque ele recebeu uma chamada para a novela [‘De Corpo e Alma’] logo depois, também por causa desse amigo“, afirmou Eloína à Folha na época do lançamento de “De Corpo e Alma“.

Como destacado pela reportagem, a Noite dos Leopardos ganhou fama entre os anos 1980 e 1990 com sua ousadia. As performances eram protagonizadas por um grupo de rapazes sarados, que a cada vez que subiam ao palco apareciam com menos peças de roupa. No entanto, o grand finale da apresentação era o momento mais aguardado da noite. Nela, todos os Leopardos ficavam totalmente pelados, com o pênis ereto. Eloína relembra que alguns deles faziam programas por fora, com homens e mulheres que iam vê-los.

Ele era muito na dele, quieto. Não se adaptava. Também era muito complexado, porque ele era muito bonito de rosto, mas não de corpo. Ele era grilado por causa disso“, relembra ela. “No final, claro, ele entrava de pau duro, como todo mundo, mas tinha a coisa do pau pequeno, que também mexia com ele.” “Eu convivi tão pouco tempo com esse rapaz que eu não posso decifrar o que ele era, o que ele tinha por dentro“, continua Eloína, que falou sobre o assunto para a TV à época do assassinato. “A gente nunca sabe, mas às vezes convivemos com o nosso maior inimigo do mundo.”

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Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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