Monkeypox pode ter sofrido mutação e autoridades alertam risco de novo surto

O vírus da Monkeypox pode estar batendo em nossas portas novamente. Segundo informações Telegraph do Reino Unido, um pequeno grupo de homens vacinados na França apresentou sintomas da doença. Isso provocou temores entre alguns especialistas de que o vírus possa ter sofrido uma mutação e desenvolvido um maior grau de resistência.

O portal informa que em um grupo recente de 17 homens que adquiriram a doença na França, 10 relataram estar totalmente vacinados. Nenhum deles necessitou de internação. Lembrando que o surto global do ano passado afetou predominantemente homens gays e bissexuais.

Não há vacina específica para a monkeypox, no entanto, como o vírus é semelhante à varíola, a vacina para esse vírus oferece um alto grau de proteção. No Brasil, a vacinação já foi iniciada e poderão ser vacinadas pessoas que vivem com HIV/Aids que apresentam status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. 

Alguns indivíduos vacinados ainda contrairão a doença, mas isso ocorre somente em cerca de 25% de todos os casos. Na França, 59% dos casos foram em homens vacinados. Isso pode ser um alerta nas estatísticas e as autoridades também estão investigando quando os homens receberam suas vacinas, que poderiam não ter atingido ainda todo o seu potencial.

As pessoas que vivem com HIV são mais propensas a apresentar sintomas de monkeypox, diz o Dr. Marks, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, e que que os indivíduos neste grupo também serão testados para HIV, caso isso explique seus sintomas. Se todas essas possíveis explicações forem descartadas, a probabilidade de uma mutação aumenta.

Coincidentemente, o CDC emitiu uma declaração esta semana sobre a probabilidade de um ressurgimento de um novo suro nos EUA. O Brasil registrou 8.652 casos confirmados em 2022 de monkeypox, segundo dados do Ministério da Saúde, sendo o 5º país no mundo com mais casos.

Se você está no grupo que pode se vacinar gratuitamente pelo SUS, procure um posto. E se você recebeu apenas uma dose do regime de duas doses (geralmente administrado com pelo menos quatro semanas de intervalo), as autoridades médicas enfatizam a importância de receber sua segunda dose para maximizar sua proteção.