Ugandenses corajosos protestam contra projeto de lei anti-LGBTQIA+ promovido por presidente tirano

O líder da oposição sul-africana, Julius Malema, liderou um protesto contra o controverso projeto de lei anti-LGBTQIA+ de Uganda, que criminaliza as pessoas por serem homossexuais.

Na última terça-feira (04/03), Malema e membros de seu partido, os esquerdistas do partido Combatentes da Liberdade Econômica (EFF), se reuniram em frente à Embaixada de Uganda em Pretória, uma das três capitais oficiais da África do Sul, para se manifestar contra o projeto de lei que ameaça a liberdade e a segurança das pessoas LGBTQIA+ no leste do país africano, informou o portal Pink News. O parlamento de Uganda aprovou o Projeto de Lei Anti-Homossexualidade, que tornaria ilegal a identidade de pessoas LGBTQIA+, em março de 2023. Qualquer um considerado culpado pode enfrentar 20 anos de prisão. Aqueles que forem considerados culpados de “homossexualidade agravada” podem enfrentar a pena de morte.

No protesto, Malema rotulou o presidente ugandês Yoweri Museveni de tirano e condenou a legislação proposta. Envolto em uma bandeira de arco-íris, o líder e fundador da EFF pediu que Museveni fosse “parado agora”. “Não podemos permitir que nenhum regime no mundo mate pessoas com base na identidade. Não pode ser correto que você identifique as pessoas com base no ódio e as mate. Estamos dizendo a Museveni, deixe as pessoas do jeito que estão. Não é problema nosso, não é problema seu, não é um problema”, disse Malema diante de uma multidão. “Há barbárie e estupidez nesse projeto de lei. Se Museveni sabe o que é bom para ele, não deve sancioná-lo. Os direitos dos homossexuais são direitos humanos. Estou aqui para dizer ao povo de Uganda que estamos com vocês contra o tirano“.

De acordo com informações da agência de notícias Reuters, protestos surgiram em toda a África do Sul desde que o projeto de lei anti-LGBTQ+ foi aprovado em Uganda. Na última sexta-feira (31/03), manifestantes na Cidade do Cabo e em Pretória imploraram a Museveni que suspendesse o projeto de lei. Em todo o mundo, figuras públicas criticaram abertamente o projeto de lei. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, chamou-a de “uma das leis anti-LGBTQ+ mais extremas do mundo”.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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