Pai trans é alvo de transfobia após mostrar barriga pós-parto em vídeo nas redes sociais

Recentemente, o influenciador trans Roberto Bete enfrentou transfobia após compartilhar um vídeo mostrando sua recuperação pós-parto. Roberto, que deu à luz em maio de 2022, documentou as mudanças em sua barriga ao longo das semanas seguintes ao nascimento de seu filho Noah.

“Você sabia que a recuperação da barriga após a gestação de um homem trans é semelhante à de qualquer outra pessoa que dá à luz? Após o parto, o útero começa a se contrair e reduzir de tamanho, processo que pode levar de 6 a 8 semanas. A pele e os músculos abdominais, que foram esticados durante a gravidez, também precisam de tempo para se recuperar”, escreveu ele, com um vídeo que traz sua silhueta com o passar dos dias, com a barriga diminuindo após a gestação.

Segundo ele, exercícios leves e específicos para o fortalecimento do core podem ajudar. “Mas é essencial consultar um médico antes de iniciar qualquer regime de exercícios. Alimentação saudável e hidratação adequada são fundamentais para a recuperação. Em alguns casos, tratamentos estéticos ou fisioterapia podem ser necessários, especialmente se houver diástase abdominal (separação dos músculos abdominais). Paciência e cuidado com o corpo são essenciais, pois a recuperação completa pode levar vários meses”, finalizou.

Os transfóbicos, infelizmente, não demoraram a aparecer nos comentários e deixaram uma enxurrada de falas criminosas a Roberto. “Pode crescer a barba, se sentir homem, mas nunca vai deixar de ser mulher”, escreveu uma pessoa. Em outro comentário, um internauta disse: “Quer ser homem, mas homem não engravida”. “A pessoa é mulher, faz a transição para homem, e depois quer engravidar. Essa cabeça não pode estar normal”, afirmou uma mulher.

LGBTfobia é crime, com pena de prisão prevista em lei. Você pode fazer uma denuncia por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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