Cospe ou engole? Médico infectologista esclarece dúvidas sobre ingestão de esperma durante o sexo oral

Cospe ou engole?”. Ainda que de brincadeira, uma pergunta que desconcerta, esta é também uma dúvida legítima para os praticantes do sexo oral. Afinal, a ingestão do sêmen pode provocar complicações para a saúde? Para desmistificar o assunto e trazer informações sobre relações sexuais mais seguras, o médico infectologista Vinícius Borges compartilhou no Twitter uma tread esclarecedora envolvendo a ingestão desse líquido.

Conhecido nas redes sociais como @DoutorMaravilha, o médico infectologista explica que o sexo oral não costuma ser de alto risco quando se trata de transmissão do HIV. “Isso porque o revestimento da boca é mais espesso e a saliva também contém propriedades protetoras“, explica Vinícius. Apesar disso, ele ressalta que o risco aumenta “se houver ejaculação, carga viral alta, presença de úlceras, sangramentos e outras IST’s ao mesmo tempo“. “No entanto, se a pessoa que vive com o HIV mantém uma carga viral indetectável por pelo menos seis meses, o vírus não pode ser transmitido sexualmente“, pontua o especialista.

De acordo com Vinícius, o risco é mais sobre o tempo que o esperma fica na boca. “Do ponto de vista da saúde, realmente não importa muito se você cuspir ou engolir, porque é o tempo que o esperma fica na boca que é a parte mais arriscada“, explica o médico infectologista. Segundo ele, manter uma saúde bucal em dia é o que reduz o risco de contrair o HIV. “Sangramento nas gengivas, úlceras e infecções na garganta facilitam a transmissão do HIV e das IST’s. Usar fio dental ou escovação vigorosa é melhor ser feito após o sexo oral- não antes – porque pode machucar a pele da gengiva e abrir portas de entrada“, aconselha.

Por fim, o médico infectologista faz um alerta: “Pessoas que fazem muito sexo oral com múltiplos parceiros devem fazer testes regulares para IST’s como gonorréia, clamídia e sífilis a cada 3 a 6 meses. Prevenção é linda, diversa e pode ser feita de várias formas.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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