Mineira é proibida de usar redes sociais por quatro anos após incitar a morte de gays no Twitter

Acusada de usar o Twitter para incitar a morte de homossexuais, uma moradora de Belo Horizonte (MG) deverá ficar quatro anos afastada das redes sociais. A internauta, identificada apenas pelas iniciais C.M.C., foi denunciada ao Ministério Público Federal (MPF) após publicação homofóbica feita em 31 de dezembro de 2018.

Segundo informações do Estado de Minas, o acordo, firmado no âmbito de ação civil pública, prevê o envio de cartas de retratação com pedido de desculpas e doação de R$ 3,6 mil a três entidades com atuação na temática LGBTQIA+, além da proibição da utilização do Twitter, TikTok, Facebook e Instagram por quatro anos. O valor será dividido igualmente entre três entidades que atuam na defesa de pessoas LGBT: Aliança Nacional LGBTI+, Cellos e Akazullo.

Caso descumpra quaisquer das penas acordadas, C.M.C. precisará pagar multa de R$ 50 mil que também atuam junto à comunidade LGBTQIA+. A primeira obrigação assumida por ela no acordo judicial é o envio de carta com retratação e pedido de desculpas endereçada às entidades Akazulo, Cellos e Aliança Nacional LGBTI. Em texto previamente aprovado pelo MPF, ela reconhece o erro, diz que se sente envergonhada e pede desculpas à comunidade.

“Aprendi que somos todos, em nossas condutas diárias, os verdadeiros responsáveis por promover espaços seguros e inclusivos e que todos merecem ser tratados com dignidade e igualdade, sem qualquer tipo de preconceito ou discriminação”, afirma em um dos trechos da carta. “Envergonha-me a possibilidade de ter contribuído para a manutenção ou o agravamento dessa situação com meu comentário. Lamento muitíssimo e peço a todos e todas, minhas mais sinceras e profundas desculpas pelo comentário que fiz naquela época”, conclui.

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