Gay idoso é espancado e queimado por funcionários de casa de repouso

LONDRES – Noel Glynn, 76 anos, apareceu com hematomas e queimaduras de cigarro feitas por funcionários homofóbicos enquanto morava em uma casa de repouso em Londres por nove meses. Seu marido, Ted Brown, processou o conselho local que supervisiona a casa, e o conselho ofereceu £ 30.000 (R$ 190.000) a Brown há dois anos, mas ele disse que ainda não recebeu nada do dinheiro prometido.

Glynn morou na casa de repouso Albany Lodge em Croydon, no sul de Londres, de dezembro de 2018 a outubro de 2019, enquanto recebia cuidados para demência. O marido pagava a mensalidade da casa de repouso, e disse que residentes LGBTQ+ os aconselharam a permanecerem “no armário”. Brown ficou preocupado até descobrir que Glynn havia tentado deixar a casa de repouso quatro vezes.

Quando Brown e um amigo examinaram o corpo de Glynn, eles encontraram “uma contusão em seu corpo que ia desde o umbigo até as costas, junto com uma contusão amarelada em seu peito, onde ainda se podia ver as marcas dos nós dos dedos onde ele havia levado um soco”, disse o marido ao site The Guardian.

Um denunciante da casa disse a Brown que testemunhou um membro da equipe abordar Glynn no corredor e perguntar: “Você é gay? Você gosta de homens gays?” O funcionário então arrastou Glynn para seu quarto e “todos ouviram os sons dele pedindo ajuda por dois ou três minutos”.

Brown também disse que, embora os dois fossem legalmente parceiros civis, a equipe se referia a Glynn como o “pai” de Brown: “Não há como essas pessoas terem confundido Noel com meu pai”, disse ele. “Na época ele tinha 76 anos. Eu tinha 69, eu sou preto, ele era branco. Muitos de nós lutamos para obter os direitos que temos agora e, à medida que envelhecemos, temos a realidade assustadora de que temos que voltar para o armário”.

Glynn saiu da casa de repouso e mudou-se para uma nova instalação em outubro de 2019 e veio a falecer em dezembro de 2021 após cair e fraturar as costelas. Uma pesquisa de 2021 descobriu que os idosos LGBTQ+ estão sofrendo taxas alarmantes de pobreza, discriminação, risco de saúde e abuso, mas a maioria não denuncia por medo de retaliação ou desesperança de que qualquer coisa seja feita para ajudá-los.

Bee 40tona

Você vai curtir!