Jovem omite que é gay para poder doar sangue para a tia com leucemia

Bruno Diniz, um publicitário de 25 anos, está com uma tia internada com leucemia em um hospital de São Paulo e, para conseguir doar sangue a ela, teve de esconder sua homossexualidade. Em conversa com o “UOL”, o jovem alega que precisou mentir por conta da portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que impede que LGBTs doem sangue ao menos por 12 meses após praticarem sexo.

A decisão da agência é alvo de uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal), mas ainda não foi julgada. Bruno também disse que já foi impedido uma vez de doar sangue, durante uma campanha que rolou na universidade em que estudava. “Em nenhum momento me perguntaram se eu era gay nem mesmo se eu tive ou não relação com outro homem. Apenas me falaram que não tinha o perfil desejado para um doador”, disse na entrevista.

“Me senti humilhado por saber que estava sendo excluído única e exclusivamente por ser gay”, relatou. Diniz chegou a prometer que não iria tentar doar novamente, mas acabou cedendo para ajudar a tia. “Precisava arriscar”, disse ele, que completou: “É algo inadmissível. Até porque há muitos gays que não aparentam o que são e há muitos héteros que aparentam ser gays, mas não são”.

Felipe Sousa

Ariano e carioca, Felipe tem 31 anos e há mais de 10 é redator do Pheeno. Apaixonado por explorar a comunicação no cenário dinâmico das redes sociais, ele se dedica a criar conteúdos que refletem a diversidade e a vitalidade da comunidade LGBTQIAPN+. Entre uma notícia e outra, Felipe reserva tempo para aproveitar o melhor da vida diurna e noturna carioca, onde encontra inspiração e conexão com sua cidade.

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