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Justiça condena homem a dois anos de prisão por homofobia, racismo e apologia ao nazismo em biblioteca de SP

A Justiça de São Paulo condenou Wilho da Silva Brito, de 40 anos, a dois anos e oito meses de prisão, em regime inicial semiaberto, por ofensas racistas, homofóbicas e apologia ao nazismo na Biblioteca Mario de Andrade, em São Paulo. Além da prisão, Wilho terá que pagar uma indenização de R$ 50 mil para a biblioteca.

O caso ocorreu no dia 2 de agosto deste ano. Testemunhas contaram que o rapaz chegou com o livro “Minha Luta” (“Mein Kampf“), de Adolf Hitler, o colocou em uma mesa na área de estudos da biblioteca e começou com as ofensas, além de fazer gestos nazistas. Um vídeo que viralizou nas redes sociais registrou o momento em que o homem repetiu várias vezes que não gostava de negro.

Durante a discussão, ele também criticou a população LGBTQIA+ e fez comentários homofóbicos. Funcionários chamaram a Guarda Civil Metropolitana, e o homem foi levado para a delegacia, onde repetiu as ofensas durante o depoimento à Polícia Civil. Ele teve a prisão preventiva decretada, após audiência de custódia no dia 3 de agosto, 

De acordo com informações do UOL, a juíza responsável pelo caso, Larissa Tunala, alegou que o denunciado possui uma visão “absolutamente deturbada em relação aos valores constitucionais como a igualdade entre todos“. “Entende-se [como] superior, contribuindo para disseminação do pensamento preconceituoso e, mais, de atitudes racistas”, acrescenta. Tunala também manteve a prisão preventiva como cautelar extrema necessária e concedeu medida protetiva para as testemunhas.

Em defesa à Justiça, o homem negou as práticas. Wilho disse que admira Hitler, mas que “nunca agrediu judeu” e que não participa de grupos nazistas. Além disso, ele falou que não é obrigado a gostar de negros, mas “que convive bem com eles”. O homem ainda afirmou não ser uma pessoas homofóbica, caso contrário “já teria dado porrada”. A decisão cabe recurso.

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Felipe Sousa

Felipe é redator do Pheeno! Focado em explorar cada vez mais a comunicação em tempos de redes sociais, o carioca de 25 anos divide seu tempo entre o trabalho e a faculdade de jornalismo, sempre deixando espaço para o melhor da noite carioca!

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